Queime depois de ler

- she said to me.

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sexta-feira, maio 24, 2013


Desatino.

Com a boca seca e o coração palpitante,
eu te olho calada a cada instante.
E espero, esperançosamente, que me veja
e perceba , enfim, alguém que tanto te almeja.

No desatino desse breve sonho contente,
eu acordo assustada e ao mesmo tempo sorridente.
Porque ao seu lado qualquer segundo,
Para mim, significa ganhar o mundo.

Eu sei que sou tola de pensar assim,
pois eu sei que te tenho para mim.
Mas ter você nunca será suficiente
porque espero te amar infinita e eternamente.

Aceite de mim, sua amada que te ama tanto,
esses versos puros e ao mesmo tempo insanos.
Porque no afago de um abraço teu eu perco a cabeça
e mudo o mundo para ser alguém que te mereça.

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domingo, junho 03, 2012


Ele chegou do nada, como quem não quer nada, sem dizer nada, a deixando sem ter nada pra pensar, colocou um dedo nos seus macios lábios cor-de-cereja, e antes mesmo que ela pudesse expressar o susto de vê-lo, ali mesmo, no meio da cozinha, em algum lugar do mundo, ele a beijou.
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sábado, fevereiro 04, 2012


Futuro do pretérito

              Eu queria nascer de um poema, um soneto ou terceto, ser de qualquer "eto" seria amável, explendido e delicioso. Eu seria um poema dramático, com choros e desespero em cada letra, verso e estrofe. Seria lamentável meu sofrimento falso e tão verdadeiro. Eu amaria cada dor que sentiria, adoraria cada momento que morreria por dentro por causa de algo tão bom e ruim ao mesmo tempo. Viveria à flor da pele. Não existiria nenhum "talvez", "mais ou menos" ou "pode ser" no meu vocabulário. Seria amada e odiada na mesma intensidade que amaria e odiaria. Choraria sorrindo, sorriria chorando. Seria linda e tão feia ao mesmo tempo. Talvez, seria tão louca, mas também, seria tão lúcida. Poderia ser tão correta e tão errada. Seria as faces que eu quisesse ser, ou que meu escritor quisesse me transformar. Seria o poema dramático mais engraçado de todos os tempos. Mas por ter nascido tão eu mesma, eu escrevo os poemas que eu queria ser.
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domingo, julho 10, 2011


O pouco do que eu quero dizer a ti...

                 “Eu amo você” é pouco pro que eu sinto, “eu vivo por você” é pouco pra descrever meu objetivo, “eu preciso de você” é pouco pra minha necessidade gigante, “eu quero você” é pouco pro que eu desejo, “eu sinto sua falta” é pouco pra dor que eu sinto longe de você, “eu quero me casar com você” é pouco pra descrever meus planos, “eu respiro você” é pouco pra falar o quanto eu te venero, “eu desejo você” é pouco pra vontade que eu tenho de você no momento, “eu sou sua” é pouco pra falar o quanto eu te pertenço, “eu te quero comigo pra sempre, grudado, colado, chegado, amarrado, preso em mim, com seus lábios nos meus, seu coração batendo no meu, sua mão segurando a minha, você em mim” é pouco pra dizer o quanto eu preciso de você perto de mim.
                Eu acho que eu te amo, e tenho certeza de que achei o amor da minha vida. E estou disposta a passar a vida tentando achar frases que não sejam consideradas “o pouco” e sim o “literalmente”.

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sexta-feira, maio 06, 2011


Miopia

          Te quero de perto. Grudado, colado, chegado. Face a face. Olho no olho. Preciso-te junto a mim. Necessito-lhe aqui. Teu sabor de longe é uma lembrança. Teu cheiro à distancia, uma memória. Lembrar de tua mão na minha é como escutar uma sinfonia milagrosa, arrebatadora, arrepiante. Teu olhar é o que me cobre de luz. Teu sorriso de perto é radiante, enloquecedor. E de longe, clareia o meu caminho, acende meu coração, me deixa imóvel e, quase, indefesa. Ter-lhe de longe é como um sonho que aconteceu. Necessito da realidade. Necessito de perto estar. Perto de você. Por isso, não saia. Apague a luz e fique aqui comigo. Sentado no escuro contando-me segredos incríveis, quase inventados ou recitando-me poemas ao pé do ouvido. Faça o que quiser, mas não saia de perto de mim.
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segunda-feira, março 28, 2011


Contradições à parte.

              Sufoco. Falta de ar. Coração a mil, quase parando. Desabafos estão entalados na minha garganta prendendo a passagem do ar que insiste em faltar por si próprio. Lágrimas, tolas. Nem pra elas saírem e me aliviarem essa falta de espaço. Queria me livrar dessa pressão, dessa angustia que chega a ser boa e dessa ansiedade em te falar tudo que eu sempre quis, mas perco sempre a coragem. Minha covardia está cansada de exercer o maior papel, até ela clama por minha coragem. Saudade não existe mais e o que ficou foi apenas aquele sufoco. Sufoco de te querer comigo e não te ter. De imaginar seus olhos olhando meus olhos com aquele olhar que me prende olhando-o. Sorrio de pensar nos teus olhos nesse momento sonhado, mas vejo que ainda estou deitada na minha cama e volto a ser sufocada. A única saída seria pensar no que tanto conversamos e imaginar cenas inimagináveis, mas ainda assim não seriam suficiente para me livrar dessa prisão que mantida estou. Meu amor por você é tão verdadeiramente falso como as ilusões criadas por minha mente que martela dia e noite modos de ter roubar pra mim e fugir sem deixar pistas, um crime perfeito. Mas não se engane, essa necessidade de você passa pouco depois de lembrar que o amor não é tudo e ninguém morre de amor. Até porque, vivíssima estou eu.


PS: Não é uma declaração para ninguém. 
Até porque quem merece meu amor, tem o mesmo nome que eu.
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quinta-feira, março 03, 2011


O que fazer?

- O que você faz quando alguém que você ama te decepciona? - Desabou ela.
- Você tenta parar de amá-lo. - Ele respondeu.
- Isso é possível? - Desesperançosa perguntou.
- Não, eu acho que não. - Respondeu.
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Scares her to death.

           Ela tem tanto amor no seu coração. Mas o pensamento de mostrá-lo para os outros, mostrando suas fraquezas, a assusta demais.
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Tudo é tão... frágil.

                 Eu procuro mergulhar de cabeça na minha própria vida, só que eu não sei mergulhar sem molhar outra pessoa.
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Conte-me algo que não sei

          Odeio segredos. Não os guardo. Não suporto o silêncio que eles trazem. Sinto-me sufocada aos desconhecê-los. Mas de tanto odiá-los virei um.
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