- she said to me.

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quarta-feira, abril 14, 2010


Por que? (1x)

         Com o passar do tempo, uma menina que estava a ponto de se transformar na figura mais confusa de sua vida estava percebendo não apenas a sua mudança, mas a mudança da vida dela, das pessoas ao seu redor e percebendo que o seu mundinho virou de cabeça para baixo. Sempre foi amada, tratada com carinho, beijos, abraços e cortesias. Porém, como as pessoas do mundo não aceitam que a palavra "mudança"  não seja apenas uma palavra, começaram-na bater com palavras e ações ou a falta delas, murros de falta de carinho, chutes de incompreensão e tapas de frieza. Doía, doía na alma. Machucava aquela pequena parte do cérebro onde se encontrava a nostalgia de ser criança e espancava a parte de onde saía todo amor. Ela não entendia nada, talvez estivessem jogando sobre ela as dificuldades do mundo a fora, ou talvez não amavam-na mais. Ela escolheu acreditar no 2º talvez. Ela era masoquista ou  lucida de mais? Talvez toda poção de amor que ela havia bebido estivesse fazendo-na sóbria outra vez. Talvez, nunca houvesse o carinho e a relevância que ela achou que tivesse. Acho que essa menina era ou ainda é louca. Apenas acho. Tudo que ela acreditara se esvaiu pelo ar, tudo que ela achou que tinha sob controle estava caminhando só para um abismo profundo e medonho. Depreciaram-na sem ter medo do que ela poderia sofrer. E como um ser deste ainda pode sorrir? Acho que sorria de tristeza. Um dia ela saberá o que passa na cabeça destas pessoas sujas e sem amor próprio, mas saberá apenas se resolver tratar uma pobre criança que sofria profundamente de incompreensão humana do mesmo modo no qual era tratada. Só que a pergunta que permanece e se mantém como clímax no texto é: Mas por que as pessoas que mais amaram-na e mais queriam- na bem a maltratam agora?

         Quando eu  souber a resposta posto ela aqui. Até lá, esta menininha não olhará em suas podres e imundas faces. Prometo. Acham que isso é rancor? O que ela sente ainda não tem nome.

Talvez eu seja essa menina, mas é só um talvez. O que fica é: essa metáfora se encaixa na sua atual situação? Na minha não, eu acho. 

                                               Beijos com sabor de humilhação. :*
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