- she said to me.

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sábado, fevereiro 19, 2011


Eu só quero que me ame até o pôr do sol.

Os dias passam, passam as horas
Tocando temas com um piano desafinado
Mais ou menos errado, mais ou menos parado,
Sem sentido, um pouco ignorado,
Gritos ecoam, selam memórias, marcam.

Deus ainda chora, sempre rimos e o mundo esquece
O tempo da última prece
E ninguém aquece, ninguém acontece.
Você sente na pele
Os dias estão frios, as noites estão quentes.
Caminham num labirinto de vento
Vestindo pouco a pouco o esquecimento.
Somos o que fazemos para mudar o que fomos,
Mas se nada somos, virão apenas velhos outonos.

Uma lágrima no chão reagiu minha lentidão
Tocou meu coração, fiz o que precisava.
Ele chorava e eu perguntava:
"É comida? É uma casa?"
Mal a noite caia, ele dizia:
"Se quiser fazer algo por mim
Faça um verso sereno
E que ele me leve
Não somente até o céu, mas perto das estrelas".


Velhos Outonos - Rosa de Saron.
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Riso, disfarce.

            Cadê a Ana Clara? Onde ela se encontra? Eu a perdi a um tempo atrás e sinto sua falta. De repente, mudei. Mudei para melhor ou pior, não sei. Meus sentimentos estão escondidos, guardados ou talvez, fugiram de mim. Tenho que encontrá-los, não quero ser fria. Muito menos que você retribua isso a mim. Sei que não seria capaz, mas e os outros? Tô trocando meu coração por senso de humor e não dá pra rir quando cada pedaço do meu coração está partido, jogado ao chão, chorando seco com saudade de mim. Mas acredito que, como estou agora, iria gargalhar de tristeza. Afogar-me em risos profundos e enlouquecentes.


                                                      10/02/11
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