Se na infância queremos mais que tudo sermos iguais aos outros, na adolescência desejamos sermos diferentes. É evidente que isso no direciona a buscar individualidade. É fato também que isso provoca um aumento da solidão, que pede um grande amor, um encaixe para sua solidão continua.
O grande amor é fantasiado como uma coisa extraordinária, fato que também agrada a vaidade, que faz com que seja uma forma de ser especial e único a dois.
A vaidade traz esse esforço da preocupação com a aparência física, com os sinais externos de posição social e traz consigo uma nova dor, a humilhação.
Não sei se a humilhação é um sentimento novo aglomerando neste coraçãozinho confuso, mas, durante o período infantil, sentir-se baixo, ser colocado num plano mais submisso, o fato de perder uma disputa, tudo isso dó muito menos que na fase adulta.
Ter sucesso faz bem para a vaidade, porém fracassar, é uma humilhação terrível. Isso vale para qualquer assunto. De futebol, para o vestibular e assim por diante. A dor é forte.
E onde existe dor forte, costumamos levar as coisas a sério, porque queremos nos proteger contra esse terrível sentimento, tentar evitá-la. Essa forma, a partir da puberdade todas as coisas sérias que antes era um treino passou a ser um jogo válido pelo campeonato. A partir daí, tudo é para valer.
É evidente também que ninguém se acha perfeito e completamente equipado para esse jogo. Ninguém acha que Deus foi suficiente generoso e lhe deu tudo com que sonharia. Uns se dizem baixos demais, outros, que seu nariz é muito grande, para outros, o problema é o corpo que não é esbelto. Alguns se revoltam contra a posição social e econômica da família, se tornam adolescentes difíceis e , quase sempre, buscam nas drogas e nas turmas de colegas o consolo. Buscam a saída errada.
A época e difícil mesmo, tudo dá medo, mas é preciso ter coragem e força no interior para conseguir passar por esse desafio. Ah, fé em Deus que Ele é justo. Se você nasceu desproporcional, tem um motivo por trás disto.
Bom feriadão, gente. :*