Para você eu não sei o que sou, mas sei muito menos o que sou para mim.
Tendo pouquíssimo tempo de existência e permissão para me conhecer, não sei, realmente, do que sou capaz. Tenho uma ideia da medida de minha mente, que ainda tem seu tamanho total como uma incógnita.
Sou repleta de locais inimagináveis, sou intensidade, sou hoje, sou passado, sou mulher, sou experiências, reflito acontecimentos e momentos. Ouço sinais, vejo sons, toco sabores e gosto do gosto de humores. Reflito o que sinto e não minto o que acho. Não me contento com o pouco e acho o muito exagero. Falo besteiras, penso asneiras e sinto reações verdadeiras. Agir é uma palavra medonha, sumir é covardia e deixar de lado é idiotice. Não sei o que eu faço, ajo, muitas vezes, pensando, porém, com a cabeça em algum lugar desconectado de mim. Brigo, extravaso, grito, pulo, estresso-me. Sinto dor, amor, calor, rumor. Tenho humor, cor, rancor, compaixão. Sou real, sou humana, sou alguém, sou um grão de areia na poeira do Universo. Sou filha, serva, apaixonada de/por Deus.
Não quero e nem vou mudar o que sou da noite para o dia. Nem irei fazer isso para agradar um simples ser humano. Mesmo que mudar às vezes seja muito preciso, outras vezes, conviver com as diferenças é mais fácil, provável e aceitável.
Talvez um dia, nós, eu e você, descobriremos o que há além de um sorriso, além de uma lágrima, além de uma palavra, além de um segredo, além de uma sincronia. Talvez um dia, nós descobriremos o que há além de mim. O que eu realmente sou. E até lá, me divertirei sentindo a dor das mudanças necessárias ou a angustia de lidar com o meu erro ou o erro alheio.
Encontre o seu EU interior e conviva, se possível, em harmonia com ele. :*
0 comentários.:
Postar um comentário